Há poucos dias me recordei de um texto que escrevi sobre o serviço do vinho e que está completamente relacionado com minhas dicas, de resfriamento e vinhos para o verão, na recente coluna da Renata Diem da Revista Versar.
O texto, o qual transcrevo abaixo praticamente intocado, ainda está atualizado – com exceção da taça flute, a qual já não é mais a queridinha da vez.
Temperaturas
A temperatura do vinho e espumante é algo importante a observar se quisermos aproveitar ao máximo nossa experiência com estes.
Há uma temperatura para cada tipo de vinho. Porém, como saber qual?!
Algumas considerações iniciais são quanto aos dois extremos: muito frio ou muito quente.
O conceito do ‘estupidamente gelado’ não se aplica ao vinho, pois, abaixo dos 5ºC as papilas gustativas podem ficar ‘anestesiadas’, danificando seu paladar.
Também há que interpretar corretamente o conceito da ‘temperatura ambiente’, tida como ideal para a maioria dos vinhos tintos, em padrão de clima europeu e que não corresponde a temperatura média de nosso país tropical, pois, acima de 20ºC o vinho pode perder equilíbrio, liberando um aroma desagradável de álcool.
Veja alguns exemplos das temperaturas recomendadas:
Espumantes 6°C
Brancos entre 6°C e 12°C
Brancos doces 6°C
Rosés 8°C
Tintos leves entre 14°C e 16°C
Tintos encorpados entre 16°C e 18°C
Fortificados entre 16°C e 18°C
Caso você não tenha uma adega adequada, a geladeira é uma boa saída para o resfriamento – se você tiver tempo. Serão necessárias duas horas para os brancos chegarem próximos do ponto ideal de consumo e uma hora no máximo de geladeira para os tintos (mais tempo para os mais leves e menos para os mais encorpados).
Para os espumantes, uma boa dica para chegar-se a temperatura ideal é refresca-los em balde de gelo (acrescentar um pitada de sal e um pouco de álcool, para que este desgele mais lentamente) e consumido-los preferencialmente em taças do tipo flute*. Em média, 45 minutos são suficientes para o espumante chegar à temperatura ideal.
*Flute é um tipo de taça com cabo alto e bojo comprido e estreito, especialmente desenvolvida para o serviço de espumantes em geral. Sua principal finalidade é preservar o gás carbônico presente nestas bebidas o máximo de tempo possível, garantindo a persistência das borbulhas.
Porém, atualmente este tipo de taça não é unanimidade e muitos preferem outras de abertura mais larga para a melhor percepção dos aromas.
Tim tim!
Márcia Amaral